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TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS

EXPERIMENTOS LOUCOS DE QUÍMICA

EXPERIMENTOS LOUCOS DE QUÍMICA

domingo, 9 de junho de 2013

Escola Estadual de Ensino Médio São Rafael
Disciplina: Química
Professor: Franciele G. pan
Elquier Eyng Hennicka
Felipe Spanhol Brancalione
Turma: 102

Água e óleo não se misturam…


Água e óleo não se misturam…
Será mesmo? Pelo menos é o que diz o dito popular. Groso modo, aplica-se à água e o óleo de cozinha, o azeite. Será que se aplica também aos óleos lubrificantes?
A resposta definitivamente é não. Qualquer óleo mineral dissolve uma determinada quantidade de água. Esta quantidade varia com a temperatura do óleo: quanto mais elevada maior a quantidade de água dissolvida, chegando a 0,1% a 100°C. É claro que acima do ponto de ebulição da água a mesma evapora. A água absorvida a maior temperatura, se separa, sai de solução do óleo, à medida que o óleo esfria. É por isso que tanques de estocagem que passam por seguidos ciclos de temperatura, periodicamente devem ser drenados para remover a água acumulada no fundo.
Portanto, manter um óleo lubrificante totalmente isento de água não é fácil. Tanques de estocagem devem ser munidos de respiros dissecadores do ar que entra em função das variações de volume de óleo (ciclos térmicos, retirada e reposição de óleo). Os dissecadores devem ser mantidos em boas condições de funcionamento, isto é, o material dissecante deve ser regenerado periodicamente ou trocado.
Na máquina então não é fácil manter o óleo seco. Se a ausência quase que total de água é obrigatória, medidas especiais devem ser adotadas. É o caso típico de óleo para transformadores elétricos. Porém no dia a dia de uma indústria, insistir em óleo absolutamente seco não faz sentido. Basta estar livre de água livre, indicado por ausência de turvação removível por aquecimento.
Embora haja ensaios de laboratório para medir a quantidade de água presente no óleo (por arraste pelo método Dean and Stark ou pelo método Karl Fischer), um teste de campo simples garante que o óleo esteja suficientemente seco para o uso diário. Consiste do teste de crepitação, no qual algumas gotas de óleo são colocadas sobre uma superfície aquecida acima de 100°C. Não havendo crepitação (como na frigideira ao fritar um ovo), o óleo está suficientemente seco para realizar sua função corretamente.
Havendo água neste ensaio, na maioria dos casos será indício de que o óleo deve ser seco (uma unidade externa específica) ou trocado.
Até agora falamos de óleos lubrificantes industriais, tais como os óleos hidráulicos, de engrenagens, para turbinas e similares. Todos estes óleos naturalmente apresentam a capacidade de separar a água em excesso, fazendo com que a mesma se deposite no fundo do tanque ou recipiente.
Porém esta capacidade de separar facilmente a água pode ser modificada de maneira irreparável. Basta a adição de uma pequena qualidade de óleo de motor detergente-dispersante ao óleo hidráulico, por exemplo. Lembre-se que no motor é necessário dispersar produtos da combustão e manter limpas as superfícies internas do motor para garantir ao motor uma longa via útil. Porém estes aditivos não distinguem entre resíduos da combustão e água. Dispersam a água com igual eficiência. O resultado é um óleo turvo com água dificilmente removida. Se for removida, qualquer água que ingresse novamente será dispersa com igual eficiência, pois os aditivos dispersantes-detergentes não são removidos pela secagem do óleo.
Enquanto nas emulsões de corte o óleo está disperso na água, formando uma emulsão verdadeira, a água dispersa no óleo de motor forma uma emulsão inversa, conhecida também, culinariamente, como maionese. Por isso tirar a água de dentro do óleo é muito difícil. Ou é feito a muito elevada temperatura, ou por meio de produtos químicos. Ambos os métodos são prejudiciais ao óleo lubrificante e o caminho mais seguro é destinar o óleo contaminado com óleo de motor ao rerrefino.
Moral da estória: quando utilizar óleo de motor junto com outros óleos lubrificantes, todo cuidado é pouco ao manipular os lubrificantes. Óleo de motor não deve entrar em contato acidental com nenhum outro lubrificante industrial. Isso significa utensílios separados usados na manipulação dos lubrificantes, rigorosa limpeza em todos os estágios de abastecimento.
O Engenheiro de Lubrificação que conhece todos os lubrificantes numa indústria saberá dar as devidas orientações.


Bibliografia: http://blogdalubrificacao.com.br/blog/2009/11/agua-e-oleo-nao-se-misturam/
http://quimicamente.no.sapo.pt/ingredientes_azeiteinfo.html
13/03/2010

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